quarta-feira, 31 de março de 2010

Conversa com a Cinthia Kunifas - EM 10/12/09


antes de sair de férias conversamos para ver a quantas andava nossa vontade de pesquisar, considerações sobre o primeiro trabalho feito e possíveis caminhos para continuar...



VOCABULÁRIO = o que você quer com isso?

* metodologia:
- relação de CONCEITOS
COMO = PROCESSO

COLABORAÇÃO

resultado esperado: OBRAS!!!!


{sem ESTRUTURA não é nada!}
sempre tem embasamento


reorganização - MÚSICA



MENOS É MAIS MENOS É MAIS MENOS É MAIS MENOS É MAIS


o que eu (priscila) ouço??????

- ritmo?
- melodia?
- harmonia?


- MANIFESTAR A ESCUTA
- EXPRESSAR A PERCEPÇÃO


escuta musical (evolutiva):
corpo = ritmo
emoção = semiótico
intelectual = estrutura



(padrões - responder situações da mesma forma)
* SE PERMITIR ALTERAÇÕES *
- como ouvir, o que comunmente eu responderia com o corpo, com a emoção????



ESCOLHER AGIR!!!!!!!!!!!!!


- Como reagimos???


{não precisa ser dramático para emocionar} = sobre o concerto para corpo e violão
emocionar é relacionar com o público


SE OBSERVAR... O QUE ACONTECE?
ESCUTA
SE PERMITAM ERRAR, NÃO SABER, PARAR



problema priscila: como estou ouvindo????????????????
problema daniel: abrir mão, recorte



SEJA SIMPLES
ele não consegue olhar porque tem muita coisa acontecendo na música dele!
como você pode manifestar musicalmente o que simples?



decisivo.

Texto que usamos para inscrições - EM 30/09/09

A proposta é uma ligação híbrida de som e movimento.

Não se vê alguém dançando uma música, o que oferecemos é um concerto corporal.

Veja o som e ouça o corpo.

Os elementos surgem do que ambos dão (de "material") no momento do diálogo/experimentação, calcado na interpretação/expressão subjetiva de uma sensação, no caso gerada pelas tensões do "Prelúdio em C menor" de Barrios e o poema "Eu" de Florbela Espanca.

sexta-feira, 26 de março de 2010

após apresentar na V Mostra de dança da FAP, em 21/09/09
















CONVERSA SOBRE TODOS QUE SE APRESENTARAM NO DIA:

- em que fase está?
- organizar o que mostrar;
- o artista quer falar, mas ainda não formulou artisticamente;
- O QUE É IMAGEM PRA MIM?
- observar que caminho está vibrando e ir a fundo!
- A QUESTÃO VEM ANTES, CONSTROI JUNTO OU SURGE DEPOIS?

SOBRE O NOSSO:

- peça pronta ou processo?
- SENSAÇÕES
- estrutura: insistência, desequilíbrio, tensão

INTERPRETAÇÃO, DRAMATICIDADE, SENSAÇÃO: achar a diferença, construir a nossa dramaturgia (conceitos, autores)

- CONTRAÇÕES DO CORPO LEMBRA CARGA PSICOLÓGICA

- uma pergunta: como o Dani desconstrói (na música) o que eu tenho desconstruído no corpo?

EM 13/06/09 já como "Concerto para corpo e violão"

algumas leituras mudaram o jeito de pensar e a configuração do que ia para a cena...
"Performance como linguagem" - Renato Cohen e "Corpo e dramaturgia" (In: Húmus 1) - Rosa Hércoles.

MAS NÃO SABÍAMOS E AINDA NÃO SABEMOS NOMEAR ESSES CONCEITOS NORTEADORES!!!!!!!!!

LIGAÇÃO HÍBRIDA DA MÚSICA COM A DANÇA: VER SOM E OUVIR MOVIMENTO!

na época:
Acreditamos na interpretação subletiva: se é uma música escolhida ocorre a interpretação do Dani (a sua "versão") e a minha a partir da dele!




para a inscrição na mostra da fap:

Não se verá alguém dançando uma música (espetáculo de dança com música ao vivo), o que oferecemos é um concerto corporal. Veja o som e ouça o corpo, ambos hibridamente unidos sendo impossível a presença só do músico ou só da bailarina.

Isso tudo calcado no que ambos dão (de material um para o outro) no momento do diálogo/experimentação e na eventual interpretação de arranjos musicais e temas previamente escolhidos e que também estão abertos para a investigação ao vivo.

ÃH???? era bem confuso mesmo...

quinta-feira, 25 de março de 2010

após apresentar na aula da Kunifas...

CONVERSA COM A CÍNTHIA


preparei um monte de questões, acabei não colocando nenhuma e sai com mais um monte delas...

como coreografar sem perder a riqueza da negação de técnicas?
ter pesquisa: dança e música intrinsecas porém não saber onde vou ou o que vou fazer...
como investigar sozinho? como propor e corrigir?
como trabalhar a repetição sem ser mecânico? como ensaiar?


ela ressaltou os seguintes pontos:

- relação Teatro x Dança;
- espressividade;
- gestos pobres x gestos corporais necessários;
- que elementos musicais norteiam?

"Barrios" EM 02/05/09

RESULTADOS:

Experimentar algumas ideias de movimento e reconhecê-las nas partes musicais analisadas.

- Começar com olhos num ponto interior fixo gerando desequilíbrios frente/trás de tronco e pé;
- Duelo da meia ponta com plié e com tronco;
- Duelo de tornozelo que cede gerando torção/espiral que acaba no chão;
(ISSO TUDO ANTES DO COMEÇO DA TENSÃO)
- Duelo no chão de sustentação e queda; usar apoio de mãos e pés ou joelhos tensionando o quadril;
- Brincar com as mãos que alisam o chão como um lipador de carro; (TENSÃO MÁXIMA)
- Ao final no novo duelo: caminhadas interrompidas por giros e braços que acompanham;
- Escorregada apoiada até se conformar com o chão = FINAL!

quarta-feira, 24 de março de 2010

"Barrios" EM 01/05/09

ANÁLISE DA MÚSICA:

(improviso - base no baixo igual, nunca muda; - melodia clara ou não, nunca igual)

momentos (divisões) da música:
1º Começa em repouso e vai tensionando;
2º meio repouso que caminha tentando encontrar uma saída do estado de tensão;
3º TENSÃO MÁXIMA;
4º por um momento acha que acabou;
5º mas as tensões voltam, tenta duelar com elas e tem esperança que vai terminar bem;
6º mas não consegue, a tensão é mais forte;
7º e acaba se conformando.

"Barrios" x movimento improvisado EM 05/04/09

NO MOVIMENTO:
- a respiração é difícil, ofegante, pesada;
- nenhuma articulaçãoé liberada, nem "estica" por inteiro, está tudo sempre tensionado, dobrado, voltado para o centro do corpo que tem a sensação de ter levado um soco;
- o olhar procura alguma coisa dentro do próprio corpo, não se exterioriza, até olha para o espaço, mas com olhos vazios, cegos.
- o espaço é ocupado por indas e vindas (nos 3 planos) interrompidas por pensamentos, paredes, pessoas e sons imaginários.
- não há movimentos axiais, o corpo se locomove initerruptamente pelas "sutis palpitações" (cruz e sousa) do violão.

"Barrios" (concerto para corpo e violão) EM 23/02/09

Encontramos o poema "Eu" da poetisa portuguesa Florbela Espanca.
Acreditamos que qualificava a personagem.
A personagem, tangida pelas qualidades descritas em "Eu", mostrava seu choro de lamento da vida.



EU SOU A QUE NO MUNDO ANDA PERDIDA
EU SOU A QUE NA VIDA NÃO TEM NORTE,
SOU A IRMÃ DO SONHO, E DESTA SORTE
SOU A CRUCUFICADA... A DOLORIDA...

SOMBRA DE NÉVOA TÊNUE E ESVAECIDA,
E QUE O DESTINO AMARGO, TRISTE E FORTE,
IMPELE BRUTALMENTE PARA MORTE!
ALMA DE LUTO, SEMPRE INCOMPREENDIDA!...

SOU AQUELA QUE PASSA E NINGUÉM VÊ...
SOU A QUE CHAMAM TRISTE SEM O SER...
SOU A QUE CHORA SEM SABER PORQUÊ...

SOU TALVEZ A VISÃO QUE ALGUÉM SONHOU.
ALGUÉM QUE VEIO AO MUNDO PRA ME VER
E QUE NUNCA NA VIDA ME ENCONTROU!